Sol de Inverno
Sonhos que sonhei, onde estão?
Horas que vivi, quem as tem?
De que serve ter coração,
E não ter o amor, de ninguém?
Beijos que te dei, onde estão?
A quem foste dar o que é meu?
Vale mais não ter coração,
Do que ter e não ter como eu.
Eu em troca de nada,
Dei tudo na vida.
Bandeira vencida,
rasgada no chão.
Sou a data esquecida,
A coisa perdida,
Que vai a leilão.
Vivo de saudades, amor.
A vida perdeu o fulgor.
Como o sol de inverno,
Não tenho, calor.
Jerónimo Bragança
2 comentários:
é bom ouvir a voz da simone guiada pelas mãos do meu avô a percorrerem a tela com as suas tintas de tons invernais.
Bonito, Cátia. Um beijo.
Enviar um comentário